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Primeira semana em Stavanger

agosto 22, 2009

Depois do cansaço da viagem na quinta e dos acontecimentos do fim de semana, a empresa relocation.no entrou em contato conosco marcando para estarmos na delegacia na terça-feira às oito da manhã, para entrarmos com o pedido de visto de trabalho. Porém antes, na segunda-feira eu e a Denise andamos bastante pela cidade, tentando lembrar por onde o Rafael tinha nos levado. A nossa principal missão nesse dia era tirarmos xerox do passaportes, pois estávamos desconfiados que a polícia iria retê-los por alguns dias.

Essa missão foi se mostrando pouco a pouco “impossível”, pois ficamos andando pela cidade toda e nada de encontrar um lugar para copiar os passaportes. Tivemos a brilhante ideia de ir na biblioteca pública e procurar lá, mas também não tinha. Contudo nos cadastramos na biblioteca, o que nos permite retirar livros, cds e dvds, tudo de graça é claro. Depois acabamos descobrindo que o único lugar que tira xerox é nos correios e foi o que fizemos. No dia seguinte, na polícia, deu tudo certo, demos entrada com a papelada, mas a polícia não reteve nossos passaportes. Pelo menos a nossa “missão” fez com que a gente conhecesse mais a cidade.

Depois da polícia, a Anne-Berit (da relocation.no) nos levou até à Schlumberger Stavanger Research Center (SSR) que fica numa cidade vizinha (Tananger) para conhecermos o meu chefe. A chegada foi bem empolgante para mim, pois acima de tudo o prédio é bem bonito por fora e por dentro também como descobri depois. Eu e a Denise tivemos uma reunião bem geral com o Lars (o chefe) que nos deu uma visão geral do trabalho e do departamento. Almoçamos na cantina, que fica no térreo do prédio e já comecei a me introduzir no ambiente de trabalho lendo toda a papelada burocrática, documentos de políticas da empresa sobre condutas de trabalho e assinando termos de compromisso. Ao todo são nove termos de compromisso e vinte e tantas políticas.

A surpresa mais agradável para mim nesta semana foi quando estávamos a caminho do escritório do chefe para a primeira reunião. À direita no corredor havia um gabinete com o meu nome na porta, indicando que ali seria meu escritório nos próximos dois anos: enfim eu acabara de me sentir parte do time do SSR . Confira aí embaixo a foto do meu gabinete tirada do celular.

Room S316 - meu gabinete na Schlumberger.

Room S316 - meu gabinete na Schlumberger.

Comecemos do começo

julho 31, 2009

Para começar vou explicar o título do blog “No caminho do norte”. Eu escolhi este nome, pois atualmente eu e a Denise estamos morando na Noruega, cujo significado é caminho do norte (Norway). Usando este ciberespaço vou tentar descrever nossas experiências durante estes dois anos, nos quais eu e minha esposa passaremos em Stavanger, que fica no sudoeste da Noruega.

A cidade de Stavanger é a terceira (ou quarta) mais populosa da Noruega, fica no litoral e sua importância econômica se deve ao fato de ter sido escolhida pelo governo norueguês como o “centro petrolífero” do país. Este fato tem a ver com o por quê de estarmos morando aqui. O que acontece é que estou empregado em uma empresa de serviços em petróleo chamada Schlumberger. Mais especificamente trabalho desde segunda-feira (27/07) como “research scientist” na divisão chamada WestenGeco, que é a maior fornecedora de serviços em geofísica do mundo. Pois bem, uma das unidades de pesquisa fica aqui em Stavanger.

Sobre a viagem

Viajamos no dia 22 de julho às nove da noite e tudo correu bem no vôo. Fizemos escala em Frankfurt e chegamos em Stavanger às cinco da tarde do dia 23 de julho. Apesar de ter dado tudo certo duas coisas chatearam a gente:

  1. Durante o check-in, a TAM nos obrigou a comprar a passagem de volta, não importando o quanto eu mostrasse o contrato internacional de dois anos que tenho com a Schlumberger. Tentamos argumentar mas não teve jeito, fomos obrigados a pagar quatro mil e quatrocentos reais, pois a TAM fica insegura se o brasileiro consegue entrar na comunidade européia ou não, pois caso não consiga entrar e tenha somente passagem de ida, a TAM é obrigada a pagar a volta.
  2. Em Frankfurt passamos por quatro chepoints: dois de bagagem de mão, um da polícia de imigração logo na saída do avião e um do posto alfadegário. Adivinha qual foi o mais rápido. Sim, a alfândega, de quem a TAM tinha tanto medo. Por causa disso tudo quase perdemos o vôo para Stavanger. Mais uns dez minutos e bau-bau.

Ainda não concluí nada de concreto a partir destes dois acontecimentos, mas com certeza a TAM pisou na bola na minha opinião. É a velha situação em que a minoria paga pela maioria.

A chegada ao aeroporto de Stavanger foi super-tranquila. Voamos de Lufthansa num avião mais modesto, mas muito confortavel. Digo isso, pois no avião da TAM fiquei meio torcido, pois as poltronas são feitas para gente magrinha. No avião da Lufthansa as poltronas eram mais largas e para mim fez muita diferença. Ao chegar no aeroporto de Stavanger, tomamos um suco no seven-eleven e saímos para pegar um taxi para o hotel Clarion. Adivinha que cheiro sentimos logo ao sair da porta giratória do aeroporto? Isso mesmo, de esterco. Para mim foi agradável e familiar, pois lembrei das fazendas em que visitei na minha infância e adolescência.

Depois conto sobre as nossas primeiras impressões e primeiros dias, sem falar na movimentada feira de comida que agitou Stavanger.

Conclusão dessa pequena confusão. A TAM perdeu dois clientes e perdeu a confiança do meu departamento.